Enfrentamos neste início de século XXI uma crise de paradgmas. Crise essa sem precedentes na história da humanidade. Ao contrário de outros momentos turbulentos, pelos quais nosso planeta passou, como por exemplo as guerras sempre presentes em nossa história,onde por vezes povos e nações lutavam entre si, agora é a raça humana como um todo que luta, ou pelos menos deveria estar lutando, pela sua não extinção. O inimigo a ser vencido desta vez somos nós mesmos, seres humanos, único animal racional, mas que apesar disto vem destruindo seu habitat natural, que é o planeta Terra, em escala avassaladora.
Conforme comenta o historiador Eric J. Hobsbawm em seu livro “ A era das Revoluções”, o mundo até o século XVII tinha sua população concentrada majoritariamente no meio rural, onde viviam 90% à 97% das pessoas. Com o advento da Revolução Industrial houve uma rápida mudança neste cenário, acarretando o crescimento desordenado dos grandes centros urbanos e o consumo cada vez maior dos recursos naturais necessários para a manutenção deste novo modelo de produção e de vida, evoluindo até o que Karl Marx veio a chamar de modo de produção capitalista, que conhecemos e vivemos nos dias de hoje, onde o bem estar social e ambiental não vem em primeiro plano e sim os interesses das classes dominantes.
A teologia como espaço educativo pode e tem contribuindo muito para a mudança deste cenário, pois o discurso religioso chega a diferentes camadas e classes sociais. Essa preocupação Ambiental tem sido demostrada pela Igreja Católica, não como o modismo da sustentabilidade que vem servindo de discurso para várias empresas, que na verdade só querem se valer do dito “marketing verde” para aumentar seus lucros; mas sim como uma preocupação real em manter viva toda a criação de Deus. Como exemplo podemos citar a campanha da Fraternidade que é realizada anualmente pela Igreja e a cada ano tem um tema diferente, no ano de 2007 o tema foi abordado a questão da Amazonia, assim como a questão dos recursos hídricos que também já fora abordada anteriosmente. Além de vários outros documentos do Vaticano, onde se expressa a preocupação da Igreja Católica em preservar a vida. Pois conforme consta na Bíblia, no livro dos Genesis, Deus criou o homem a sua imagem para que ele reinasse sobre toda terra. Tendo autoridade sobre todos os animais e plantas para assim garantir sua hegemonia e existência. Isso ao longo do tempo foi sendo distorcido e pode levar a própria raça humana à extinção.
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